Viagens em 2026: Skyscanner revela tendências e especialistas analisam o que muda no turismo global

O ano de 2026 promete transformar completamente o modo como o mundo viaja. O estudo Travel Trends 2026, elaborado pela plataforma Skyscanner, mostra que os viajantes estão mais conscientes, seletivos e em busca de propósito. A pesquisa — que analisou bilhões de buscas e ouviu mais de 22 mil pessoas, incluindo mil brasileiros — aponta sete grandes tendências que irão redefinir o turismo, além de revelar destinos em alta e passagens mais acessíveis.

Viagens em 2026: Skyscanner revela tendências e especialistas analisam o que muda no turismo global

1. Viagens com propósito e autenticidade

Segundo o estudo, 2026 será o ano das viagens personalizadas e conscientes. Com o custo de vida ainda pesando, o turista tende a planejar viagens com base no que realmente “vale a pena” — experiências que tragam bem-estar, aprendizado e conexão emocional.

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Benefícios: experiências mais significativas e sustentáveis.
Desafios: preços ainda elevados em alguns destinos e o risco de “turismo de aparência”, em que o viajante busca autenticidade apenas para redes sociais.

2. As sete tendências que dominarão o turismo

  1. Glowmads (Beleza em movimento) – Viagens ligadas ao autocuidado e ao bem-estar, com foco em spas, produtos locais e experiências sensoriais.
    Pró: promove saúde física e mental.
    Contra: pode gerar elitização de destinos “wellness”.
  2. Shelf Discovery – Explorar mercados e supermercados locais para vivenciar a cultura cotidiana.
    Pró: forma acessível e autêntica de conhecer o destino.
    Contra: atratividade limitada em locais muito turísticos.
  3. Bookbound – Turismo literário: visitar cenários de livros e histórias.
    Pró: une leitura, cultura e turismo.
    Contra: restrito a nichos específicos de leitores.
  4. Destination Check-in – A hospedagem vira o próprio destino. Hotéis e pousadas de design se tornam o ponto principal da viagem.
    Pró: experiências imersivas.
    Contra: menor contato com o entorno e cultura local.
  5. Catching Flights & Feelings – Viagens solo e busca por novas conexões humanas.
    Pró: incentiva independência e autoconhecimento.
    Contra: pode gerar solidão e insegurança em certos países.
  6. Altitude Shift – Destinos de montanha ganham força como refúgios de silêncio e natureza.
    Pró: turismo sustentável e de baixa densidade.
    Contra: infraestrutura limitada em alguns locais.
  7. Family MilesViagens multigeracionais. Pais, filhos e avós viajam juntos para fortalecer vínculos.
    Pró: momentos de união e compartilhamento de custos.
    Contra: exige logística complexa e mais planejamento.

3. Destinos em alta para 2026

Entre os destinos com maior aumento nas buscas entre brasileiros estão:

  • Barretos (SP) – crescimento de 383%, destacando o turismo de eventos e cultura sertaneja.
  • Copiapó (Chile) e Assunção (Paraguai) – mais acessíveis e com atrativos culturais emergentes.
  • Outras cidades da América do Sul e interior do Brasil aparecem como novas favoritas, com foco em viagens curtas e experiências locais.

Além disso, o estudo aponta quedas expressivas nos preços de passagens a partir de São Paulo — como Assunção (-60%), Caxias do Sul (-28%) e Santa Cruz de la Sierra (-27%).

4. O que dizem os especialistas

Para a analista de turismo Luciana Freitas, o estudo confirma uma mudança de mentalidade:

“O turista de 2026 quer viver, não apenas visitar. Ele busca algo que gere história, aprendizado e impacto pessoal.”

Já o economista de viagens Rafael Diniz alerta para o desafio econômico:

“Com a alta do dólar e da inflação, o turista brasileiro ainda precisa equilibrar desejo e orçamento. Planejamento é essencial.”

5. Tendências que vieram para ficar

O relatório do Skyscanner não fala apenas de moda passageira. Ele reflete uma nova era do turismo em que:

  • A experiência supera o status.
  • Viajar sozinho deixa de ser tabu.
  • O turismo sustentável se torna exigência, não diferencial.
  • O digital influencia, mas não substitui o real.

6. Conclusão: o futuro das viagens é humano

Mais do que roteiros e destinos, 2026 promete ser o ano em que viajar volta a ter significado. O turista quer sair diferente de como chegou. Quer sentir, aprender e se conectar — seja em uma pousada na montanha ou em um café de esquina em outro país.

O desafio para o mercado será acompanhar essa transformação sem perder de vista o essencial: fazer das viagens uma ferramenta de conexão, não de consumo.

Resumo prático:

  • Tendência geral: Viagens com propósito e autenticidade.
  • Benefício principal: Experiências transformadoras e sustentáveis.
  • Risco: Supervalorização de destinos “instagramáveis”.
  • Dica para 2026: Planeje com antecedência, busque destinos alternativos e priorize vivências locais.

Fonte: Travel Trends 2026 – Skyscanner / Folha Vitória / entrevistas com especialistas.

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